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segunda-feira, 27 de julho de 2009

Cadê o rumo?

A vida me ensinou a aproveitá-la a cada momento, pois eles não se repetem. Agora me vejo frente a frente com a pressão, o mundo parou de girar sozinho, agora tenho que assumir responsabilidades e girá-lo por conta própria. Ficam as saudades de antes, e fica o arrependimento de não ter aproveitado mais. E o vazio toma conta, parece que estou só, mesmo sabendo que não estou, no fundo eu estou. Minha alma tem sede de não sei o que, e as noites não têm sido tão tranqüilas. O sentido de continuar vivendo está cada vez mais sem sentido, e a maturidade vem da pior forma possível.
Quem me dera se ainda tivesse os mesmos sonhos e desejos que tive na infância. De tantas modificações a mim mesmo, acabei ficando sem saber o que eu sonho e desejo pra minha vida. E assim a vida está tomando um caminho sem escolha.

sábado, 11 de julho de 2009

Dona Morte

Sara, a jovem de 40 anos, mal sabia do que a esperava. Acabara de acordar, era um dia importante, espreguiçou-se de forma delicada, tanto que parecia não ter esticado nenhuma parte do corpo. Sentou-se a borda da cama enorme, vestida em lençóis de seda e calçou um sapato que mais parecia uma meia, levantou-se rapidamente, que já nem parecia a mesma moça que acabara de se espreguiçar tão lentamente. O café da manhã estava na cômoda ao lado da penteadeira; como de costume, Sara sentou-se na penteadeira virou o rosto para um lado, depois para o outro, soltou aqueles longos cabelos ruivos, que estavam presos numa fita de cetim, e escovou-os com a mesma velocidade com que se espreguiçara há pouco. Antes mesmo de terminar, esticou as mãos macias e branquelas para pegar a xícara que estava na cômoda ao lado, e quando estava apreciando o gosto da manhã que tinha aquele chá, o brilho de seus olhos apagou-se, o sorriso murchou. E assim ela renasceu..

sexta-feira, 10 de julho de 2009

Me fascina

Aqueles olhos que não são verdes, nem azuis, nem negros, nem castanhos, mas que possuem ao mesmo tempo a mistura de todas as cores, de um brilho só.
Aquele corpo, que não é o mais magro, nem o mais esbelto, mas possui uma formosura única, e curvas delicadas.
Aqueles dedos finos e longos servem como um luva em sua mão quadrada. E sua boca, me fascina.